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1/24/2007

Primeira imagem de Portugal?

Olá,

Venho aqui apresentar-me ... sou Devo, sou de Australia, mas vivo em Portugal há 20 anos.

Quero começar por agradecer o Rui pelo fantástico trabalho que está a fazer com este blog – há menos duma semana que soube dele e neste pouco tempo já há as increíveis imagens do YouTube e de Narrabeen. Mando tambem uma imagem que obviamente não tem nada que ver com as sensacionáis imagens da Hawaii e Australia mas é recente e de Portugal.


(Devo, Molhe Leste, 20 Janeiro 2007, foto: Francisco Mamede)

Conhecí o Rui numa lista da bodysurf do Yahoo groups quando ví por acaso uma mensagem dele e tive a alegría de saber que ha outras pessoas neste pais a surfar sem prancha ...

Agora vivo numa aldeia perto de Santa Cruz mas só vim ca há 4 anos atrás. Antes estava perto de Lisboa e além de entrar nas ondas em Carcavelos ou Costa de Caparica quando fui lá com a familia de vez em quando quase tinha esquecido das maravilhas do bodysurf que tanto fiz como criança e teenager na Australia.

Tudo mudou quando cheguei à estas magníficas praias na zona de Santa Cruz e conhecí boas pessoas que tambem são surfistas. Também o meu filho começou a fazer bodyboard e esse empurrou-me ainda mais para a agua, e há 4 anos que vou para o mar todos os dias em que as condições são boas, e muitos dias em que são más!

Numa mensagem que o Rui mandou-me disse que, ao fazer este blog, pensa mais em futuras gerações que em si propriamente. Acho que estas são sentimentos muito giros, e concordo que o mais importante é convencer a malta jovem a tentar o bodysurf, mesmo que esta virada para o bodyboard. Mas a tarefa não é facil porque hoje em dia o normal (ao contrario do que aconteceu quando eu era puto) é começar desde muito jovem no bodyboard. Veja-la, a minha filha de 6 anos já tem prancha, que pediu ao Pai Natal porque queria juntar-se ao irmão nas surfadas. Depois dela apanhar o ‘vicio’ de andar muito depressa na prancha não vai ser facil convencer-a que o bodysurf é tambem muito divertido. Mas não desespero e vou fazer o melhor possível para que isto acontecer.

As tradicões e costumes aqui em Portugal tambem não ajudam. Quando vi pela primeira vez a bandeira vermelha numa praia perguntei “O que é isto?” Pareciam condições optimas para fazer bodysurf e ninguem podia entrar na agua? Na Australia a gente nem vai para o banho até as ondas ficassem assim! É que alí não ha bandeiras vermelhas, nem amarelas, nem verdes – há grandes nadadores salvadores e uma única coisa (além dos turbarões, claro!) que detem as pessoas de entrar – o sinal “Aviso de tempestade - Praia fechada”. Eu não estou a advocar a eliminação das bandeiras, claro, porque aqui tambem não há a mesma cultura do mar. Todos os anos vejo pessoas que entram no mar quando mau sabem nadar e têm que ser salvos pelos nadadores salvadores. Mas estes factores todos contribuem para que os jovems não têm muita oportunidade de começar a practicar o bodysurf.

Pronto, já chega – não quero pintar um quadro muito cinzento da situação – sou um optimista e acredito que nos podemos fazer alguma coisa para ajudar o bodysurf a crescer em Portugal. É por isso que estou a escrever estas palavras ...

Devo

P.S: peço desculpa pelos erros ortográficos

Entrevista com Germano Viegas

Natural do Rio de Janeiro e Professor de Física em Florianópolis, com apenas 26 anos Germano é um dos grandes dinamizadores do desporto no Brasil. Fiquem então com a entrevista realizada esta semana.


BSPTCom que idade começaste e o que te levou a praticar o desporto?
GERMANO – “ Comecei com cerca de 12, 13 anos. Morava na rua da praia e ficava muito extasiado em ver os caras mais velhos, com família na areia, ao invés de subir em uma prancha, iam para o mar sem nada, somente com um par de nadadeiras e desciam as maiores ondas. Pensava, esses é que conhecem o mar, e resolvi seguir o caminho dessas pessoas, buscando interação e conhecimento do mar. Hoje vejo o esporte de outra forma, com mais maturidade, uma pratica meditativa, aprendizado de vida e não somente de conhecimento do mar. Virtudes como paciência, perseverança, humildade entre outras são trabalhadas diariamente com a prática do esporte.

BSPT – “ Qual a dimensão que o Bodysurf tem actualmente no Brasil?
GERMANO – “ O esporte passa por uma revolução, depois de uma década de oitenta muito forte, com muito espaço na mídia, dinheiro de patrocinadores e muitos praticantes, entrou em um declínio na década de noventa, quando em 1998 Kleiber Fragoso criou o site www.surfedepeito.com.br e Rogério Caju foi para sua primeira temporada no Hawaii. A partir do site, Kleiber criou uma lista de discussão na rede o que começou a unir os praticantes, e torneios no eixo Rio - São Paulo começaram a acontecer, muitos praticantes do nordeste do Brasil entraram na lista e criaram torneios em seus estados, em 2004, uma união maior com praticantes do sul do pais resultou no primeiro campeonato brasileiro, e em 2005 um circuito brasileiro, o Waterman Pro Contest, hoje o esporte tem seu espaço na mídia, alguns atletas com apoios pra correr campeonatos no exterior, e muitos praticantes espalhados por todo o pais, é muito comum ir em uma praia e ver um surfista de peito. O esporte não é profissional, mas já é um esporte que tem seu espaço no país.

BSPT As escolas de Bodysurf já são uma realidade no Brasil. Como está a correr este projecto?
GERMANO – “ Temos uma escola em Florianópolis e uma no Rio de Janeiro, são poucos alunos, cerca de 10, 15 alunos em cada escola, mas já é um inicio, o esporte precisa de quem se apaixone por ele para ter quem vá a uma escola, para isso os praticantes precisam desenvolver muito sua técnica, para que não seja um esporte de “a onda que esta levando o homem”, tem que ser “o homem que desliza sobre as ondas”. Como o esporte desenvolve muitas habilidades e virtudes, estamos trabalhando para inserir o surfe de peito em escolas de surfe, bodyboard, salvamento aquático, natação e outros esportes aquáticos. O futuro do esporte são as crianças, na verdade o futuro do Planeta são as crianças, temos que dedicar nosso trabalho a elas.

BSPTO que pensas que falta para o desporto ter uma dimensão mais aproximada do Bodyboard e Surf?
GERMANO – “ Quando fala em dimensão, podemos ter varias leituras, acho que cada esporte tem seu espaço e sua forma de se apresentar. Não gostaria, por exemplo, de ver o Surfe de Peito se vender como o surfe fez, o que importa é o dinheiro, temos campeonatos patrocinados por bebidas alcoólicas a idéia de rebeldia, de ideologia de vida, de ser alternativo se perdeu. É um esporte que tem dinheiro, mas não tem mais identidade. O bodyboard ainda tem um pouco mais de características originais em seu esporte, mas é porque a mídia não deu o espaço que deu ao surfe. Vejo que o Surfe de Peito pode crescer, criar uma associação internacional (um sonho meu é ver este acontecimento), ter campeonatos maiores, com julgamentos uniformes, etc, mas esse é um processo natural, lento para que possa ser sustentável e não caia no mesmo erro de outros esportes. Não vejo que falte alguma coisa, estamos no caminho certo!

BSPT
Quais os teus Bodysurfers preferidos?
GERMANO – “ Mark Cunningham, Rogério Caju Schefler(uma pessoa maravilhosa), Sergio Acrílico, Mike Stewart, André Soft e Nego.

BSPT Se tivesses de caracterizar o bodysurf em apenas 3 palavras quais escolherias? "
GERMANO – “ Energia, Fluidez e Vida.


Fica o agradecimento ao Germano pela disponibilidade total para a troca de informação do desporto desde há 1 ano a esta parte, e por esta entrevista.
RG

1/22/2007

Pipeline Bodysurfing Classic 2005

Algumas das melhores ondas no campeonato do mundo de 2005 em Pipeline, com os maiores nomes do Bodysurf Mundial.

2005 (06) Hydro/BSC Bodysurfing Challenge

Narrabeen Beach, 25th Feb 2006







Results:

Open
1st - Sean Kenny - Narrabeen
2nd - Peter Sperling - Coogee
3rd - Brett Tyack - Dee Why
4th - Jason Spence - Manly

Women's
1st - Kerry Hunter, East Lindfield
2nd - Petra Playfair, Avalon
3rd - Beena Chaugule, Bondi
4th - Sybil Walsh, Cromer
5th - Kate Reid, Whale Beach

Junior Women
1st - Eilish Sheerin, Avalon
2nd - Bronte Stutchbury, Avalon

Junior Men
1st - Alec McLoughlin, Chifle
2nd - Matt Harper, Matraville
3rd - Harry Hagan, Avalon

Thanks to Don McCredie

Ciclo de Entrevistas

Iniciaremos durante esta semana um ciclo de entrevistas a pessoas que têm de variadas maneiras marcado o Bodysurf a nível mundial. São relatos que certamente ajudarão a ter uma melhor percepção de como o desporto apareceu, a evolução que teve e o actual momento do desporto.

A primeira será efectuada a Germano Viegas um dos grandes dinamizadores do desporto no Brasil.

1/19/2007

Primeiras Imagens

Algumas fotos tiradas por Ron Romanosky um conhecido nome da fotografia da comunidade surfista que reside na Califónia. Eis algumas fotos gentilmente cedidadas para publicação no blog...






Thanks Ron


1/11/2007

Pioneiros? Ou nem por isso?

A arte de apanhar as ondas é feita por muitos por essas praias fora, de Norte a Sul no país, do mais novo ao mais velho, do mais magro ao menos magro, por Homem e Mulher, e fico por aqui que está quase na hora de ir almoçar. Tem no entanto de se levantar uma questão no meu ponto de vista muito importante, que se prende com o facto de quantos o fazem encarando-o como um desporto. Infelizmente de todas as pessoas que abordei obtive as respostas claras: “Body quê??”, “Desporto? Nahh”, “Sério? Mas faz-se mais coisas que andar em frente na onda?” e um ainda mais elucidativo ”Tá bem tá”.

Desde os 10 anos que o faço mas apenas o encaro como um desporto de há 2 anos a esta parte, altura em que encontrei as primeiras informações na Internet e me tentei informar da dimensão que já tinha a nível mundial nessa altura. As primeiras imagens e vídeos que vi fizeram mudar completamente toda a visão que tinha do que fazia até ai, e o que nunca pensei fosse possível fazer era afinal uma realidade. A pena que tenho de esses vídeos e imagens não os ter visto quando era mais novo e a disponibilidade física era outra. Uma razão que nos leva à criação do blog prende-se com o facto de tentar que os mais jovens encarem o mais cedo possível o Bodysurf como um desporto para que possamos evoluir o mais rápido possível no desporto.

Seremos nós pioneiros a pensar neste assunto e a querer ir mais além? Esperemos que não, pois significa que há mais gente com as mesmas preocupações que nós. O termos de dar entrevistas daqui a 10 anos quando o número de Bodysurfers for superior ao de Surfistas também não está muito nos nossos planos.

Brevemente deixarei algumas imagens para vos abrir o apetite por este desporto que tanto prazer me dá. RG

1/10/2007

Bodysurfing - PT

Olá a todos!

Sempre me senti fascinado pelo mar e pelas ondas! Desde pequeno que me senti como, passe a expressão, um peixe na água! Comecei a ter contacto com o mar desde muito novo e desde sempre me lembro de "apanhar carreiras" com os meus amigos no mar. A pouco e pouco percebi que poucas coisas me faziam sentir tão bem como apanhar aquela onda que nos faz a adrenalina crescer ao ponto de termos vontade de gritar a plenos pulmões.

No início comecei por praticar bodyboard, mas logo descobri que era a beleza de apanhar uma onda só com o corpo que me dava prazer. É esse contacto directo com a onda que é algo de indescritível e que aconselho todos a experimentar!

Chega de conversa, por isso... ‘Bora lá p’rás ondas!

Kass

Definido globalmente como a “Arte” de apanhar uma onda sem qualquer utensílio de flutuação, como são os casos de pranchas de bodyboard e de surf, é um desporto em grande crescimento além fronteiras. O Bodysurfer recorre apenas aos comuns pés de pato também utilizados no bodyboard. O contacto directo do corpo com a água é o principal lema do desporto.

Missão do Blog - Dar a conhecer aos interessados mais sobre este novo desporto, que já tanta gente cativa além fronteiras e que tenha o mais rápido possível alguns adeptos a fazê-lo por essas praias fora. Se este blog servir para daqui a um ano termos mais 2 bodysurfers na água o blog foi um sucesso.

Quem são os Bloggers? – Um grupo de amigos da região centro do país que se juntam quando a actividade profissional o permite, seja Verão ou Inverno, para partilhar o amor pelo mar e tentar evoluir no desporto.

Pretende-se que seja um espaço de partilha de informação e de pontos de vista de visitantes, pelo que tudo o que pensarem gostaríamos que fosse comentado, e que toda a informação que gostassem de ver colocada no blog a fizessem chegar até nós. Porque estamos empenhados em não sermos sempre os últimos em tudo neste país contamos contigo. Os teus comentários são o nosso feed-back.


Boas Ondas e Bom 2007 (ainda dentro da tolerância padrão aceitável dos 10 dias, 10 horas e 32 minutos de atraso). RG